Evidências ufológicas
em
Miguel Leão -
Piauí
Segunda Jornada
UPUPI-2006
- Seguindo as Pistas
Há um ditado popular bastante utilizado que afirma
“onde há fumaça existe fogo”, isso prova que certos indícios, variados
fenômenos se manifestam diante de pré-acontecimentos que determinam o
próprio fato em si.Não há necessidade de sermos sensitivos, despertos
muito além de nossa consciência que envolve a realidade habitual. Um
pouco de reflexão, olhar crítico sobre as coisas, diálogo informal e
sempre
receptível para não bloquear novas idéias que muitas
vezes são prejudicadas pelo fanatismo e convicções impostas por uma
sociedade carente de mudanças e atitudes.
Em todos os ramos das
ciências, estabeleceu-se ao longo do tempo, a contínua descoberta e o
aprimoramento de conceitos mutantes resultantes da evolução da
sociedade. O átomo já não é mais visto como a menor porção da matéria,
nem tão pouco os transplantes de órgãos como a única solução de
continuidade de vida diante das células tronco. O mundo parece
mergulhar, ou melhor, excluir gradativamente de seu vocábulo popular a
palavra “nunca”.A era tecnológica mais parece uma imensa teia em que
cada ponta que a sustenta, também favorece outros segmentos numa
contínua “fusão” entre ciência, religião e evolução.
Nas pesquisas
acadêmicas onde a parte prática deve superar o conhecimento teórico
adquirido em sala de aula e bibliotecas, o pesquisador sempre estabelece
um roteiro pré-estabelecido. Existe quase sempre um ou mais trabalhos
anteriores de outros autores que servem de apóio e fundamentação teórica
para melhor credibilidade do tema exposto. Mas a ufologia, uma ciência
ainda em processo de consolidação, não tem base de sustentação na
comunidade cientifica, principalmente por faltar o objeto de estudo
essencial na materialidade da pesquisa em si. Segue atualmente seu curso
com múltiplas interpretações, ora usando argumentos de estudiosos de boa
credibilidade e às vezes outros que literalmente “voam” na “maionese”
como diz outro ditado popular.
A ética deve prevalecer
juntamente com o bom senso. O papel do verdadeiro pesquisador
fundamenta-se principalmente na coleta de dados (pesquisa de campo) e
essa é a parte mais espinhosa de algo que foge a nossa realidade
habitual. Quando se pesquisa um determinado espaço geográfico, alguns
detalhes se incorporam no decorrer de outras visitas. Tem-se a certeza
de aprofundamento no trabalho pelo fato de que o cenário ainda
continuará existindo com ou sem modificações. Todo e qualquer contato
ufológico é único, embora continue se manifestando por longa data numa
mesma região. É como uma fotografia, que embora tentando repetir o mesmo
cenário, expressões faciais e participantes sempre distinguirão do
original.
Voltar à cidade de Miguel Leão (PI) estava dentro
de nossas previsões já estabelecidas. Esta se realizou no final do mês
de janeiro (28 e 29) de 2006. O curto espaço de tempo da viagem anterior
havia deixado muito a desejar. O certo seria montar um KG de maior
durabilidade na região, mas num mundo capitalista em que
vivemos, somando as nossas obrigações familiares é quase impossível
romper tamanhas barreiras. Havia alguns detalhes a serem confirmados por
outras testemunhas. Encontrando assim evidências mais concretas das
supostas manifestações ufológicas naquele município.
Têm-se observado
certos acontecimentos que envolvem estes fenômenos principalmente em
regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos. O que para muitos
ufólogos justificam este isolamento como meio de maior incursão
alienígena, pode também haver a possibilidade que estes sejam tanto de
origem terrestre quanto extraterrestre (ou ambas), a exemplo de
operações secretas tanto de militares ou de outras instituições
envolvendo tecnologias de alto nível. Aproveitando-se assim da pouca
perceptividade, desinformação e medo da população. A região possui uma
imensa área de fauna e flora muito variada, e pesquisas minerais
realizada a um bom tempo por uma grande empresa de nosso País podem
justificar tanto interesse nosso como de fora (ufos). Quando se envolve
muito dinheiro, a ilegalidade somada com a ficção gera meios de
afugentar ou envolver aqueles que podem ser objetos de manobras ainda
obscuras e não suspeitáveis.
O material colhido na viagem anterior e
disponível no site (
http://www.upupi.com.br/ ),
demonstra claramente que os maiores envolvidos são caçadores e
agricultores. Estes por estarem expostos a uma situação de dupla face.
Ou não agradavam certas incursões supostamente alienígenas, daí a
necessidade de gerar o pânico, ou eram as fontes principais para tais
manobras. A presença militar na região, mesmo sendo solicitada por uma
outra instituição, leva-nos a crer que o fato gerou uma insegurança além
do limite já estabelecido em outras localidades. Imagina-se a que ponto
chegaria e o desfecho da situação se os envolvidos continuassem a não
reagirem diante das perseguições.
Primeiramente havia um círculo
imaginário que promovia estes acontecimentos, as localidades vizinhas
eram alvos dos contatos, e gradativamente fechou-se a ponto de um pouso
ocorrer dentro da cidade na presença de muita gente. Nesta ocasião
alguns corriam para se abrigarem em suas casas, e outros para verem de
perto esta inusitada aterrizagem. Neste caso gerou uma preocupação por
quem manobrava o suposto objeto, pelo fato inesperado de muitos correrem
ao seu encontro e promovendo logo sua decolagem.
Estes acontecimentos
e muitos outros a serem pesquisados, mostram os sinais, as pistas que
procuramos percorrer ao longo do escasso tempo. Colhendo fragmentos e
depoimentos necessários a reflexão de todos, e ao objetivo maior de
levar a verdade seja ela positiva ou negativa. (Re) construindo um
cenário que esconde ainda uma realidade carente de respostas.
- Delegacia X ufo: confronto final
Desde a nossa primeira viagem realizada a aquele
município no final do ano que passou (2005), muitas dúvidas ainda
permaneciam a nos questionar. Ainda não havíamos presenciado tamanhas
incursões supostamente alienígenas numa única região. Já estávamos
acostumados a ouvir relatos de contatados em outras localidades,
que
vivenciaram suas experiências com poucas testemunhas.
Normalmente eles (ufos) preferem interceptar pessoas em locais e
horários de pequena movimentação. Ou conhecem o itinerário da(s)
vitima(s), ou ficam a observar de algum ponto estratégico o momento mais
propício para a aproximação.
O que aconteceu em Miguel leão (PI) no
final da década de noventa (1999), rompeu certas regras, se é que elas
existem com esta fenomenologia. Certos fatos e circunstâncias são
conhecidos pela grande maioria da população, principalmente quando o
assunto é contato ufológico. A vitima ou testemunha nunca estar
esperando, dificilmente tem algo para registrar como uma máquina
fotográfica ou outro tipo de instrumento de prova. Supõe-se que até
nisso exista uma estratégia de ação por parte “deles”. Talvez uma
tecnologia capaz de rastrear qualquer tipo de mecanismo eletrônico. Isso
daria mais segurança para as interceptações.
Realmente naquele
município não havia ninguém que pudesse fazer um registro aproximado com
estes fenômenos. Uma região pobre e isolada dos grandes centros urbanos,
onde a maioria da população é composta de agricultores. Embora ficasse
apenas a 88 Km da grande Teresina (PI), chegar a Miguel Leão não era tão
rápido e acessível. No auge dos aparecimentos, a cada dois e cinco dias
era feita uma denuncia na delegacia sobre uma perseguição sofrida por
nova testemunha. Os fatos relatados no artigo anterior demonstram
claramente uma situação insustentável numa região como aquela. Como agir
diante das aparições, dos traumas e seqüelas sofridos pelas vitimas?,
este era o grande dilema que o delegado daquela época deveria
enfrentar.
Em acontecimentos de cunho criminal, as autoridades seguem
certas estratégias de ação policial, mas nestes casos exclusivamente não
havia mecanismos de efeitos satisfatórios para a situação. O que
fazer para deter os contatos? Como encontrar e punir os responsáveis
pelo que estava acontecendo? Nem os maiores especialistas no assunto
ufológico conseguiram encontrar até hoje as respostas, o que pensar de
outros que ainda vivenciavam suas primeiras experiências com o assunto.
Tenente Pilar (ex-delegado) recebeu-nos em sua
residência nesta última (2) viagem de campo. Homem de coragem, sincero e
de boa conversa nos relatou fatos complementares envolvendo aquela
onda ufológica. Após um bom café servido por sua esposa, relembrou os
difíceis momentos que a delegacia teve de enfrentar. Hoje, ele reconhece
que foi precipitado em ações que envolveram a tentativa de
aproximação com o objeto (os disparos). Falando sobre
aquela noite marcante onde o objeto desceu num campo próximo a praça do
município, confirmou que além da grande multidão que ali se encontravam,
também estava presente a Prefeita, dona Edna que presenciou o
fenômeno.
Questionado sobre algum conhecimento sobre ufologia
em época anterior aos fatos que envolveram o município, este falou que
ouvia “de longe” e vagamente sobre historias em outras localidades.
Lembrou-se principalmente de uma reportagem exibida na Tv onde mostrava
aparições do suposto “chupacabras” e filmagens de ufos pelo Brasil.
Diante destes fatos passou a encarar uma nova realidade que cedo ou
tarde chegaria até aquele município. Como realmente se confirmou pouco
tempo depois.
Varias diligencias foram efetuadas por conta das
ocorrências ufológicas. Caçadores feridos em conseqüências das fugas
noturnas dos fenômenos e pessoas que na simplicidade dos seus percursos
interioranos eram surpreendidos por estes supostos objetos voadores não
identificados (óvnis). Tentou de várias maneiras uma maior aproximação
com estas aparições, mais sempre se ausentavam quando percebiam um
possível encontro. Com a chegada do pessoal da aeronáutica (três
investigadores), havia a possibilidade de que algo fosse feito e
comprovado a autenticidade das aparições. De fato foram convidados pelo
grupo para participarem das investigações. Lembra que subiram ao morro
do “cipoeiro”, local já conhecido de grandes manifestações, e no alto,
principalmente no espaço geográfico dos antigos avistamentos, foram
observados por uma estranha luminosidade que circulava aquela área. Hora
se aproximando e momentos depois se afastando, num “jogo” já bastante
conhecido dos moradores daquele município.
Os investigadores estavam munidos com alguns
equipamentos que Pilar não sobre informar a sua utilidade. Mais
confirmou que estes contribuíram para que fosse caracterizada a
fenomenologia ali existente como óvni. Pelo tempo dos acontecimentos
passados (superior a seis anos) e pela entrevista anterior motivada por
muitas perguntas com
pouco espaço para reflexão do ex-delegado, este
questionou se já havíamos entrevistado os seus subordinados, os mesmos
poderiam relembrar de fatos que ele poderia ter esquecido.
Correndo
contra o tempo, tínhamos o interesse de ouvi-los e esta oportunidade
surgiu quando Pilar nos relatou que os mesmos se encontravam na cidade.
Contou-nos ainda que depois da nossa primeira entrevista, certa noite
estava como de costume em frente sua casa, quando entre 21 e 22 horas
uma luminosidade brilhou por detrás de uma árvore que fica próxima da
mesma, e logo depois desapareceu, não conseguindo identificar o que era
na realidade.
Com os nomes devidamente anotados e os possíveis locais
onde poderíamos encontrá-los sobre recomendação do ex-delegado, seria um
ponto positivo para enriquecimento de nossas investigações. Existe
sempre uma necessidade de entrevistar separadamente testemunhas que
compartilharam as mesmas experiências. É através das convergências ou
divergências de opiniões e observações que a linha investigativa
consegue alcançar mais um degrau de compreensão do fenômeno.
Pouco tempo depois localizamos o Cabo Edmar (Cabo
de destacamento), figura importante e que teve um papel participativo na
delegacia por ocasião daquela onda ufológica. Pessoa simples e de boa
receptividade relembrou também aqueles fatos marcantes. Pôde observar
também algumas vezes o suposto objeto fazendo manobras
sobre o município. Inclusive estava presente no caso
da perseguição do carro que vinha de Monsenhor Gil descrito no artigo
anterior. Na época procurou acalmar os passageiros do veículo, já que os
mesmos estavam em pânico. Confirmou também os mesmos fatos narrados por
Pilar, e deixou bem claro que num momento crucial de aproximação com o
óvni (o caso do pouso na cidade) manteve-se obstinado em não disparar
sua arma (fuzil) em direção ao mesmo, embora tivesse permissão do seu
superior. Questionava sempre em querer saber o que estava por traz
de tudo isso, e quem “pilotava” aquela máquina.
Havia também duas
testemunhas que se envolveram de perto com os incidentes, e que ao longo
dos meses de intensas manifestações trabalharam sobe o comando de Pilar
e Cabo Edmar, eram os soldados Joel e Neto . Tentamos localizá-los na
manhã de domingo, mais desistimos após algum tempo por ocasião do nosso
retorno programado. Estes serão entrevistados em nossa próxima viagem de
campo.
Edmar lembrou ainda que além da equipe de Tv Meio Norte (MN),
esta por sinal filmou um objeto luminoso muito estranho em sua
reportagem, também veio uma outra do Rio de Janeiro, mas esta não
conseguir recordar o nome. Questionado sobre as manifestações ufológicas
após esta intensa onda, ele afirmou ainda que se ver freqüentemente o(s)
objeto(s) passando sobre a cidade. Este(s) mantém-se a uma certa altura,
evitando as antigas aproximações dentro do perímetro
urbano.
- UPUPI sobe ao morro do Cipoeiro
Em todas as viagens de campo, torna-se fundamental
promover uma vigília na região para que se comprove ou não as
manifestações ufológicas. Isso vai depender de três condições já
bastante conhecida pelos pesquisadores do fenômeno (local, dia e hora
certa). A possibilidade de presenciar aparições e reforçada se ele já
vem acontecendo há alguns dias anteriores, principalmente pelo fato de
se saber que é um ciclo. O período propício para incursões
supostamente
alienígenas em Miguel Leão fica mais caracterizado
pelos meses de maio até agosto. Podemos até determinar o ano como uma
época de alta e baixa manifestação. Mas existiam relatos, embora
esporádicos de observações de luzes sobre aquele espaço aéreo. Embora
presenciados a uma certa altitude, não havia confirmação do que
realmente se tratava.
Estávamos obstinados a cumprir nossa segunda
etapa de pesquisas naquela região interiorana. Queríamos nos tornar
“vulneráveis” e abertos para que o fenômeno se manifestasse nas
proximidades de onde ficaríamos durante a noite. A própria emissora de
Tv (MN) havia registrado naquela época em sua reportagem um estranho
objeto luminoso que fazia manobras circulares sobre o local onde se
encontravam. Também nas investigações da aeronáutica, houve
manifestações semelhantes no mesmo local, e isso nos daria a
possibilidade de que alguma coisa acontecesse. Pesava contra nossa
investida duas condições desfavoráveis, a primeira seria a época de
baixa incidência e a segunda era as condições de tempo que já indicava
uma chuva com muitos relâmpagos algumas horas à frente.
Começamos a
subida ao morro do cipoeiro um tanto fora do horário previsto, alguns
contatos tiveram que ser feitos para que no dia seguinte fossem
agilizadas nossas pesquisas, e isso justificou nossa demora. Além do
grupo, um pouco maior que nossa viagem anterior (5 pesquisadores),
compartilharam conosco nessa jornada, o senhor Luis Cristino e Marquinho
(guias). Estes tiveram um papel decisivo na busca de um local propicio
de observação.
Ao longo da subida, bastante íngreme em alguns
pontos, Luis nos relatava sobre alguns acontecimentos passados. Ao
chegarmos numa área aberta e com boa possibilidade de visualização em
todos os ângulos, decidimos ali permanecer até que as condições de tempo
nos fossem favoráveis. Alguns membros do grupo (Flávio e Igor)
puderam
visualizar logo que colocaram as mochilas no chão uma
estranha luminosidade amarelada atrás de uma árvore (sentido sul) e esta
logo desapareceu. Levamos alguns equipamentos para testes (protótipos),
mais não foi possível testar todos. Concentramos nossos esforços apenas
em um que teve uma boa aceitação grupal e um resultado satisfatório, já
que o mesmo havia sido projetado para reagir as possíveis manifestações
ufológicas da região.
Às três horas da manhã e com possibilidades de
chuva, o grupo resolveu retornar ao KG (residência do Sr. Araújo). No
percurso da descida, um membro do grupo (Samuel) pôde visualizar uma
estranha luminosidade semelhante a uma estrela que brilhou no alto por
um curto espaço de tempo. Os outros membros não puderam compartilhar
desta imagem devido a estarem ocupados entre lanternas, conversas e
filmagens do caminho.
Nossos guias nos relataram sobre outro local
de maior intensidade do fenômeno, este por sinal fica num percurso mais
distante. Por lá muitos caçadores evitam acenderem suas lanternas na
estrada por que sabem que o estranho objeto vem ao seu encontro. Há
relatos de outros que deixaram todo o material de espera (rede,
espingarda etc.), e seguiram atordoados em fuga para a cidade. Ficou
combinado que em nossa próxima viagem de campo estará em nosso roteiro
principal.
Agradecimentos: Araújo,
Luis e Marquinho.
Redação e filmagens: Flávio Tobler
Entrevistas: Igor Patrick e
Aristides
Apóio técnico: Samuel e Israel
Israel Aristides Samuel
Flávio
Igor
Núcleo da
UPUPIFevereiro de 2006